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Foto do escritorVivian Vi

Dinamarca na linha de frente ambiental


O ano de 2020 foi chocante para o mundo inteiro. A pandemia de COVID-19 mostrou como os desafios globais podem paralisar nossas sociedades e economias em questão de semanas. De muitas maneiras, a pandemia revelou muitos problemas sociais, econômicos e ecológicos profundamente interligados, nos forçando a repensar e reimaginar como proteger a prosperidade e resiliência econômica no futuro. A boa notícia é que a humanidade sempre teve a capacidade de projetar seu futuro com base em lições aprendidas. O mundo precisará usar muitas dessas lições para enfrentar outro desafio global urgente, já que as mudanças climáticas continuarão a afetar profundamente nossas sociedades e a trazer à tona problemas complexos e desafiadores muito depois do mundo ter saído desta pandemia.

Com isso em mente, pode-se esperar também que 2020 fique marcado na história como o ano das ambições climáticas renovadas e ampliadas. Temos uma grande chance de definir um caminho ousado em direção à sustentabilidade, adotando uma visão holística para reconstruir nossas economias para que sejam muito mais resilientes, inclusivas e verdes.



Com uma nova estratégia de longo prazo para o esforço climático global, a Dinamarca quer ser uma líder verde para inspirar e encorajar outros países a apresentarem ações ambiciosas e concretas para lutar contra as mudanças climáticas. Como muitos, a Dinamarca já foi totalmente dependente de petróleo importado e outros combustíveis fósseis. A meta nacional da Dinamarca é reduzir os gases de efeito estufa em 70% até 2030 (em comparação com os níveis de 1990) e alcançar a neutralidade climática até 2050. Olhando para nossa história, podemos dizer com segurança que estamos bem avançados no caminho para um futuro mais verde – mesmo que ainda não estejamos lá. História verde da Dinamarca Podemos olhar para trás em busca de experiências e inspiração para nosso caminho. A história recente da Dinamarca mostra que a transição para uma sociedade mais verde não é apenas viável, mas um caminho para maior prosperidade após uma crise global. A transição verde da Dinamarca foi desencadeada pela crise de energia dos anos 1970, quando o mundo enfrentou escassez substancial de petróleo. Frente a visão de um futuro sombrio, a Dinamarca decidiu se afastar dos combustíveis fósseis importados. Por meio de esforços sustentados, acordos políticos amplamente aceitos e planejamento de longo prazo, a Dinamarca conseguiu investir fortemente em eficiência energética e energia renovável. Os resultados são em grande parte fruto dos esforços coletivos e visão da sociedade dinamarquesa – a população, tomadores de decisão e empresas. O modelo de parceria público-privada foi – e continua sendo – um fator chave no desenvolvimento de novas soluções e na garantia de mudanças duradouras na mentalidade da sociedade dinamarquesa. A inovação foi uma parte essencial desta transição, bem como força motriz para o desenvolvimento econômico, pois os investimentos em energia verde criaram novas oportunidades de mercado e empregos altamente qualificados. Hoje, a Dinamarca é líder europeia na exportação de tecnologias e equipamentos de energia, com mais de 10 bilhões de euros em exportações anuais. Como resultado, desde 1980, o PIB dinamarquês aumentou 100%, mas nosso consumo de energia aumentou apenas 6% e o consumo de água diminuiu 40%. A experiência dinamarquesa nos últimos 40 anos é evidência de que investir em energia renovável, otimização de recursos e eficiência energética faz sentido do ponto de vista econômico. Mostramos que o crescimento econômico e a transição verde podem andar de mãos dadas.


Ambições ambientais renovadas


Décadas de trabalho dedicado permitiram que a Dinamarca tivesse uma economia mais verde hoje, mas não podemos nos acomodar. Ainda temos uma grande tarefa pela frente para alcançar o objetivo de 1,5ºC do Acordo de Paris. O cumprimento de nossa visão nacional de 2050 exigirá uma mudança genuína de paradigma na sociedade dinamarquesa, incluindo mudanças em transporte, aquecimento, educação, impostos e muitos outros aspectos. Além disso, a Dinamarca só pode ser inspiração para outros se continuar a mostrar que é possível dar passos concretos na sua transição verde, garantindo ao mesmo tempo o crescimento, a competitividade e o emprego. A inovação continuará a ser um fator impulsionador para cumprirmos nossas metas para 2030 e 2050 – na verdade, algumas das políticas e soluções necessárias para um futuro verde ainda nem existem. No entanto, seguimos dando passos concretos. A Dinamarca eliminará o carvão para produção de energia até 2030 e recentemente se tornou o primeiro grande produtor de petróleo do mundo a anunciar que encerrará toda a produção de petróleo e gás existente até 2050. No entanto, a Dinamarca é responsável por apenas 0,1% das emissões globais – não importa quão ambiciosos sejam nossos objetivos, não podemos fazer muito. O desafio do clima só pode ser resolvido com soluções globais comuns, trabalhando em conjunto para identificar e buscar soluções de forma eficiente em parcerias entre governos, organizações internacionais, grupos da sociedade civil e o setor privado. É por isso que a Dinamarca fortalecerá seus esforços em todos os fóruns disponíveis, com a esperança de influenciar e inspirar. A Dinamarca apoiará os parceiros interessados e colocará sua experiência e competências combinadas em transição verde em bom uso em todo o mundo, ajudando a impulsionar nossa corrida global em direção à neutralidade climática.




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